
Introdução
Falarmos de Costumes e Ética Bíblica não é matéria pacífica entre os cristãos evangélicos. E uma das razões prende-se com uma certa dificuldade em distinguir ética bíblica e costumes.
Quando resolvi, desenvolver este tema, pedi a Deus que me desse graça e coragem, porque ao mesmo tempo que é importante é também polémico. E digo que é preciso coragem porque entra em confrontação directa com a forma de pensar de irmãos em Cristo, muitos deles meus amigos e que de maneira nenhuma os quero magoar. Pretendo sim, apresentar o que a Bíblia nos ensina, pois a verdade revelada na palavra de Deus é imutável e permanece para sempre.
1) Entendendo a Ética Bíblica
a) Noção de Ética
Ética de uma forma abrangente surge como a teoria da natureza do bem e como ele pode ser alcançado.[1]
A Ética em si mesma, preocupa-se com assuntos morais e defende o bem estar geral do ser humano. No entanto para atingir os seus objectivos divide-se em três sectores principais que chamamos de ética relativa, ética absoluta e ética dos valores e destes decorrem outras formas de ética[2].
O princípio da ética relativa afirma que a experiência humana com frequência mostra que as normas éticas alteram-se com a passagem do tempo, de tal maneira que o que é bom hoje, pode não ser bom amanhã. Por outro lado a ética absoluta afirma exactamente o contrário que a ética se deve reger por princípios absolutos, imutáveis e moralmente padronizados. E existe ainda a chamada ética de valores que procura encontrar o meio-termo entre as duas atrás referidas e defende essencialmente que a consciência humana sabe instintivamente (ou racionalmente) os verdadeiros valores, por exemplo: “a lei do amor é uma constante. Todas as religiões e filosofias honram este princípio[3].
b) Noção de Ética Bíblica
A ética Bíblica é uma forma de ética absoluta e define-se da seguinte forma: Vida correcta, fazer o que é bom e afastar-se do mal, de acordo com a vontade de Deus. O termo refere-se não a teorias humanas ou opiniões sobre o que é certo e errado, mas à verdade revelada de Deus sobre tais questões. A revelação de Deus em sua Palavra escrita narra a história da queda ética dos homens, da graça redentora de Deus e da restauração ética de seu povo [4]
A ética Bíblica dirige-se ao povo de Deus, aqueles que aceitam a Bíblia como regra de fé e conduta. Entenda-se por povo de Deus aqueles que crêem em Deus e tomaram a decisão de o seguir. Quando Deus deu os dez mandamentos através de Moisés, já existia um relacionamento entre aquele povo e o próprio Deus, por isso os mandamentos de Deus são sempre dados àqueles que já são seus pela graça.[5]
A ética Bíblica tem a preocupação de chamar o povo de Deus à santidade, porque este é o Seu povo: “vós sereis santos, porque eu sou santo” (Lv 11:45). Também no Novo Testamento encontramos o mesmo princípio em Mateus 5:48: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai que está nos céus”.[6]
Jesus Cristo apresenta-se como o modelo a ser seguido. Os ensinos éticos de Jesus resumem o verdadeiro sentido da lei do Antigo Testamento, quem segue os seus ensinos cumpre a lei. Portanto, há uma relação directa entre o conceito de justiça revelado no Antigo Testamento e o revelado mais tarde no Novo.[7]
É nas Escrituras Sagradas, portanto, que encontramos o padrão moral revelado por Deus. Os Dez Mandamentos e o Sermão do Monte proferido por Jesus são os exemplos mais conhecidos. Entretanto, mais do que simplesmente um livro de regras morais, as Escrituras são para os cristãos a revelação do que Deus fez para que o homem pudesse vir a conhecê-lo, amá-lo e alegremente obedecê-lo. A mensagem das Escrituras é fundamentalmente de reconciliação com Deus mediante Jesus Cristo.[8]
2) Entendendo os costumes
a) Noção de costumes
A palavra costume provém do latim e significa «acostumar-se com», ou seja, algo com que fica acostumado.[9]
Os costumes em si são sociais, humanos, regionais e temporais, porque ocorrem na esfera humana, sendo inúmeros deles gerados e influenciados pelas etnias, etariedade, tradições, crendices, individualismo, humanismo, estrangeirismo e ignorância[10]
Desta forma podemos entender que os costumes são transitórios e passíveis de mudança.
b) Diversidade de costumes
Cada país possui costumes próprios de sua gente. Em Marrocos, um homem andar de mão dada com uma mulher é motivo de escândalo. Contudo dois homens abraçarem-se, é uma coisa natural. No Haiti todos usam chapéu. No Brasil amamentar uma criança em público é comum, nos Estados Unidos é um acto inadmissível. Em alguns países é normal os homens beijarem-se para se cumprimentar, noutros isso não acontece.[11] Os Escoceses tradicionalmente usam saia xadrez com o tartan do seu clã, os Paquistaneses usam umas calças com uma túnica por cima e para eles é indecente uma mulher usar saia.[12]
É de facto razão para afirmarmos que cada povo tem os seus costumes, e que essa diversidade não nos deve dividir, a não ser que vá contra a Ética Bíblica.
c) Evolução dos costumes
Um dos costumes que identifica os povos no mundo é o vestuário, que tem sofrido muita evolução desde o início da humanidade. Vamos ver como tudo começou, descrevendo a evolução básica do vestuário Israelita.[13]
1. Deus fez vestimentas para Adão e Eva. “Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu”(Gn 3:21). Esta vestimenta (em hebraico, kethon) era uma camisa simples feita de pele de animal. [14]
2. Mais tarde, os hebreus começaram a fazer camisas de linho ou de seda (para pessoas importantes), assim, lemos que José usava “uma túnica talar de mangas compridas” (Gn 37:3)[15]
3. Depois outra forma de vestido chamada simlah entrou em moda. Sem e Jafé tomaram esta vestimenta para cobrir a nudez de seu pai (Gn 9:23). Os pobres a usavam como vestido básico de dia e como capa de noite (Ex 22:26-27). Para ocasiões especiais, os israelitas usavam o beged. Isaque e Rebeca vestiram seu filho Jacó com esta roupa, que eles consideravam a melhor (Gn 27:15).[16]
4. Apareceu depois um artigo que era de uso geral chamado lebhosh que era tanto para ricos como para pobres. Assim diz a Bíblia que Mordacai usava um lebhosh de pano de saco (Ester 4:2).[17]
5. Finalmente, a addereth eu era usada para indicar que o usuário era uma pessoa de importância (Josué 7:21). Esta vestimenta era também um tipo de capa ou abrigo exterior. Tal capa ainda e usada hoje por muitos na Palestina, sem levar em conta sua posição social.[18]
Estes exemplos, são a prova de que a forma de vestir, muda à medida da evolução das sociedades, verificamos que vestir, primeiramente foi um mandamento, mas depois as formas de vestir, foram influenciadas por vários aspectos, como o clima, a ocasião, a posição social e sobretudo tornou-se também uma questão de gosto pessoal.
3) Destrinça entre Costumes e Ética Bíblica
O Pastor Ricardo Gondim, conta que ficou um pouco espantado quando foi às Filipinas e viu um Pastor, vestido com saias. Porém isso não indicou que existisse qual tipo de desvio moral. Com este exemplo ele chegou à conclusão que era preconceituoso em relação a outros costumes.[19]
A Ética Bíblica é de carácter permanente, ou seja é baseada em verdades e princípios imutáveis reveladas por Deus aos homens. O apóstolo Paulo afirmou: “Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema”. (Gálatas 1:8).
Os costumes aparecem como hábitos transitórios e passíveis de mudança. A própria Bíblia apresenta-nos alguns exemplos disso que quase passam desapercebidos.
Por exemplo no tempo da história de Judá (Gênesis 38:14-15) certa mulher disfarçou-se cobrindo-se com o véu e desta forma foi identificada como prostituta, mas na epístola de Coríntios, cap.11:6, nos tempos de Paulo, o véu era sinal de santidade para os Coríntios.
Desta forma podemos afirmar que os preceitos de homens não tem vínculo moral em si mesmos, ou seja ninguém tem o direito de dogmatizar costumes, querendo que eles se tornem universais, quer seja pensando pertencer a uma cultura superior, quer aplicando costumes dos tempos Bíblicos.
4) Relação entre Ética Bíblica e costumes
a) Contextualização dos costumes e ética Bíblica
Será interessante analisarmos um versículo do Antigo Testamento, e desta forma fazermos um exercício que será separar os conteúdos pertencentes ao domínio da Ética Bíblica e dos costumes.
"Não haverá traje de homem na mulher, e não vestirá o homem vestido de mulher, porque qualquer que faz isto é abominação ao Senhor teu Deus". (Deuteronômio 22:5)
Neste tempo o costume era diferente de hoje, naquela altura ambos os sexos usavam vestidos, e assim sendo teremos que contextualizar o costume para a nossa época. Mas o mesmo versículo deixa um conteúdo ético importante e universal, que é o da diferenciação no vestir do homem da mulher.
No Antigo Testamento existem muitas referências a costumes específicos do povo de Israel, que por serem específicos não foram seguidos por outros povos, por exemplo em Deuteronomio 22:12:
"Porás franjas nos quatro cantos da tua manta, com que te cobrires".
Importa ressaltar que no Antigo Testamento Deus orientou os costumes especificamente para Israel, nunca foi propósito de Deus universalizar a lei civil e a lei cerimonial, que encaixam dentro dos costumes de um povo. No entanto a lei moral já é universal porque se baseia em princípios que todas as culturas devem aplicar.
É neste ponto que nascem os ensinamentos distorcidos, mas isso não acontece só nos dias de hoje. O Apóstolo Paulo escreveu a carta aos Colossenses, poucos anos após a introdução do Cristianismo porque o povo de Colossos tinha um desejo por algo mais do que o Cristo crucificado e ressurrecto.[20] Pretendia ser uma “filosofia” (Cl. 2:8), um termo que frequentemente, na era helenista, referia-se não a uma investigação racional, mas a especulações ocultas e práticas baseadas num conjunto de tradições.[21]
O ensinamento parece ter sido principalmente judaico, como é evidenciado pelo valor atribuído às ordenanças legais, às regras de alimentação, à observância do sábado e da lua nova e outras prescrições do calendário judaico (Cl. 2:16).[22]
"Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais tem, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne". Colossenses 2: 20-23
b) Enquadrando limites dos costumes na ética Bíblica
Os costumes devem sempre respeitar a ética Bíblica e isso muitas vezes não acontece em determinadas situações e lugares do planeta terra.
Os costumes podem ser totalmente perversos, acompanhando a natureza pecaminosa do homem. Os esquimós, que têm o costume de entregar a própria esposa a algum visitante que passe, para que a tenha como mulher, durante a noite, dificilmente poderão afirmar que isto é um costume correcto e universal[23]
Na questão do vestuário levanta-se também a questão do pudor. Pudor significa: Sentimento de vergonha, de mal-estar, gerado pelo que pode ferir a decência, a honestidade ou a modéstia.[24]
A Bíblia ensina em I a Timóteo 2:9, que deve haver pudor e modéstia na forma de trajar das mulheres, embora as mulheres sejam mais salientadas aqui, este é um principio bíblico que deve ser aplicado a ambas as partes.
Quando Paulo aborda esta questão, ele está preocupado com a atitude que leva as mulheres a ter tais procedimentos. Relativamente à atitude ela deve-se pautar pela descrição, ou seja não usar roupa extravagante de modo que sobressaia aos outros.
Dentro deste ponto a Bíblia fala-nos de um sentimento que é condenável aos olhos de Deus que é a lascívia.
Ora, as obras da carne são conhecidas e são: ... Lascívia... (Gl 5:19)Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: ...Paixão lasciva... (Cl 3:5)
A lasciva é um pecado que geralmente passa meio que desapercebido no meio da igreja, porém é listado como um dos frutos da carne em Gálatas, e, na Epistola aos Colocensses é descrito como, comum à natureza humana.[25]
A palavra lascívia significa sensualidade; lúbrica; desregrado (Devasso, libertino); (Relativo ao prazer sexual, ou que o sugere; voluptuoso, Que procura constantemente e sem pudor satisfações sexuais); Luxúria.[26]
É a moda (que muitas vezes) obriga as mulheres a usarem saias curtíssimas; calças justíssimas; fazerem uso de vestidos curtos e decotes que expõe os seios e costas. É a sensualidade que se manifesta com grande intensidade.[27]
A forma com que nos vestimos não deve apelar à exibição nem à sensualidade, as modas que escolhemos devem ser decentes. Por outro lado também não deve ser motivo de desmazelo ao ponto de envergonhar o evangelho.
5) Conclusão
A conclusão que chego é que a ética Bíblica é de carácter permanente, ou seja é baseada em verdades e princípios imutáveis reveladas por Deus aos homens e que de forma alguma os homens podem acrescentar, tirar ou distorcer a revelação divina.
Quanto aos costumes são passageiros, transitórios e passíveis de mudanças. Na verdade os costumes devem-se submeter aos padrões bíblicos, para não serem pervertidos.
Infelizmente a proibição de determinado vestuário, tem sido um ensino errado, porque assim como as vestidos no tempo de Jesus eram comuns aos dois sexos, obviamente com diferenças salientes, assim também as calças são vestuário comum ao homem e à mulher nos nossos dias, obviamente com algumas diferenças porque Deus também nos deu corpos diferentes.
A modéstia e o pudor são princípios fundamentais a aplicar e é nos princípios que nos devemos centrar.
Neste trabalho aprendi também que devemos respeitar uns aos outros, mas cuidado, as leis denominacionais feitas por homens em si mesmas pouco aproveitamento tem, e não servem para conduzir ninguém ao céu. Não é o aceitar uma norma da igreja que liberta do pecado, o cristão realmente nascido de novo tem a Palavra de Deus para orientá-lo e tem o Espírito Santo para dirigir a sua vida.
Somente a Bíblia pode levar o homem ao propósito de Deus que é a santificação, conforme diz em João 17:17:
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.”
6) Bibliografia
· CHAMPLIM, P.H.D. Enciclopédia da Bíblia Teologia e filosofa, Editora Candeia 1995
YOUNGHBLOOD, Ronald F., Dicionário Ilustrado da Bíblia, São Paulo, Edições Vida Nova, 1ª edição 2004
LINHARES, JORGE, Usos e costumes, Editora Getsemani, 2001
GOMES Elizabeth, Ética nas pequenas coisas, Editora vida, 1997
TENNEY. Merril C., et.al. Vida Cotidiana nos tempos Bíblicos, Editora Vida, 1982
GONDIM Ricardo, É Proibido, Editora mundo Cristão, São Paulo, 1999
Bíblia de estudo de Genebra, Editora Cultura Cristã, São Paulo, 1998
http://www.bibliaonline.net/scripts/dicionario.cgi
http://www.vivos.com.br/207.htm
http://www.ipb.org.br/estudos_biblicos/index.php3?id=9
http://www.cgadb.com.br/posicao_3.htm
[1]CHAMPLIM, P.H.D. Enciclopédia da Bíblia Teologia e filosofa, Editora Candeia 1995, pag.554
[2]CHAMPLIM, P.H.D. Enciclopédia da Bíblia Teologia e filosofa, Editora Candeia 1995, pag.554
[3]CHAMPLIM, P.H.D. Enciclopédia da Bíblia Teologia e filosofa, Editora Candeia 1995, pag.555
[4] YOUNGHBLOOD, Ronald F., Dicionário Ilustrado da Bíblia, São Paulo, Edições Vida Nova, 1ª edição 2004, pag. 518
[5] YOUNGHBLOOD, Ronald F., Dicionário Ilustrado da Bíblia, São Paulo, Edições Vida Nova, 1ª edição 2004, pag. 518
[6] YOUNGHBLOOD, Ronald F., Dicionário Ilustrado da Bíblia, São Paulo, Edições Vida Nova, 1ª edição 2004, pag. 519
[7] YOUNGHBLOOD, Ronald F., Dicionário Ilustrado da Bíblia, São Paulo, Edições Vida Nova, 1ª edição 2004, pag. 519
[8] http://www.ipb.org.br/estudos_biblicos/index.php3?id=9, 20/04/06
[9] CHAMPLIM, P.H.D. Enciclopédia da Bíblia Teologia e filosofa, Editora Candeia 1995, pag.944
[10] http://www.cgadb.com.br/posicao_3.htm,20/04/06
[11] LINHARES, JORGE, Usos e costumes, Editora Getsemani, 2001, pag.50
[12] GOMES Elizabeth, Ética nas pequenas coisas, Editora vida, 1997, pag. 234
[13] TENNEY. Merril C., et.al. Vida Cotidiana nos tempos Bíblicos, Editora Vida, 1982, pag. 115
[14] TENNEY. Merril C., et.al. Vida Cotidiana nos tempos Bíblicos, Editora Vida, 1982, pag. 115
[15] TENNEY. Merril C., et.al. Vida Cotidiana nos tempos Bíblicos, Editora Vida, 1982, pag. 115
[16] TENNEY. Merril C., et.al. Vida Cotidiana nos tempos Bíblicos, Editora Vida, 1982, pag. 115
[17] TENNEY. Merril C., et.al. Vida Cotidiana nos tempos Bíblicos, Editora Vida, 1982, pag. 115
[18] TENNEY. Merril C., et.al. Vida Cotidiana nos tempos Bíblicos, Editora Vida, 1982, pag. 114
[19] GONDIM Ricardo, É Proibido, Editora mundo Cristão, São Paulo, 1999, pag. 36
[20] Bíblia de estudo de Genebra, Editora Cultura Cristã, São Paulo, 1998, pag.1420 (Nota introdutória)
[21] Bíblia de estudo de Genebra, Editora Cultura Cristã, São Paulo, 1998, pag.1420 (Nota introdutória)
[22] Bíblia de estudo de Genebra, Editora Cultura Cristã, São Paulo, 1998, pag.1420 (Nota introdutória)
[23] CHAMPLIM, P.H.D. Enciclopédia da Bíblia Teologia e filosofa, Editora Candeia 1995, pag.944
[24] http://www.bibliaonline.net/scripts/dicionario.cgi, 20-04-06
[25] http://www.vivos.com.br/207.htm , 20-04-06
[26] http://www.vivos.com.br/207.htm, 20-04-06
[27] http://www.vivos.com.br/207.htm, 20-04-06