8.4.19

DEUS AMA-TE INDEPENDENTEMENTE DA TUA CIRCUNSTÂNCIA



Hoje ao passar numa Praça muito conhecida em Évora vi dois jovens de pé como que fazendo montra. Ao meu lado estava duas senhoras a olhar e uma delas dizia: “estão ali para se prostituírem” fiquei vários minutos a pensar naquilo. Pensei para mim, tenho que falar de Jesus Cristo àqueles jovens.
A parte mais importante e até mais simples é de facto dizer-lhes que Deus os ama e que tem um plano para as suas vidas. Acredito que poderão dizer (como já me aconteceu) religião não por favor, outros dirão deixe-me trabalhar o meu tempo é precioso.
Bem, mas se tiver possibilidade de diálogo o que vou dizer?
Hoje existe a tendência de suavizar as coisas, para não criar clivagens, existe a tentativa de ir por caminhos não tão duros. Enfatizamos as consequências do pecado, mas esquecemo-nos de relevar o que é simples mas que pode ser gerador de controvérsia: Deus não se agrada do teu estado. Deus tem um plano diferente para ti. Deus quer libertar-te do pecado!
Hoje vivemos cercados do medo de sermos chamados homofóbicos, ser conotados como não tendo amor. Esta é uma arma diabólica que nos está a bloquear.
Concordo que precisamos de sabedoria para o fazer. Sabemos à partida que Deus desaprova várias práticas como a homossexualidade, contudo Deus não aprova o ódio à pessoas, independentemente da sua condição.
Deus ama a todas as pessoas do mundo. Assim nós também devemos amar sem nunca deixar de falar a verdade dos seus mandamentos, ainda que eles sejam rejeitados e muitas vezes ridicularizados.
Eu tenho alguns amigos que são homossexuais e não vou deixar de ser seus amigos por causa do seu estado, de facto todos nós de alguma maneira nascemos com a tendência a ir contra os mandamentos de Deus. Mas Deus está à distância de um coração contrito e quebrantado ele está sempre disponível para aceitar aqueles que com humildade se chegam a ele.

Pedro Cartaxo​

3.4.19

Como agir perante alguém que está perdido?


Não é um tema que mereça consenso, geralmente encontro até pessoas que acabam por nem sequer orar pelos perdidos. Mas sabemos que não é assim, Jesus ensina-nos a orar até pelos nossos inimigos.
Mas como maduros na fé, como devemos fazer perante aqueles que já estiveram connosco e por várias razões ausentam-se?
Será que utilizamos uma forma única? Será que devemos perceber o contexto de cada um, analisando se será rebeldia, falta de atenção ou se as atitudes são deliberadas?
O capítulo 15 de Lucas dá-nos três exemplos de perdidos, ajudando-nos a lidar com cada situação.
1.    A ovelha perdida
Menciona que existiam cem ovelhas e uma perdeu-se. Acredito que aconteceu por falta de atenção, desnorte ou uma circunstância de fragilidade que bloqueou os seus sentidos.
Neste caso a Palavra nos mostra que o pastor deixou as noventa e nove e foi procurar a perdida.
2.    A dracma perdida
O texto relata que uma mulher perdeu a dracma na sua própria casa. Ao perceber que tinha perdido, decidiu procurar a moeda, acendendo a luz na sua casa.
3.    O filho pródigo
A passagem diz que este filho decidiu deliberadamente sair de casa. Exigiu ao pai os seus direitos, instruiu-se até legalmente para o efeito.
O pai, simplesmente o deixou ir.  Contudo ficou com uma atitude de fé que filho voltaria, mas não foi atrás dele.
É relevante pensar que quando aquele filho voltou o pai o abraçou. Aquele filho passou o processo doloroso da sua decisão, mas encontrou abrigo quando voltou arrependido à casa do pai.
No primeiro exemplo o pastor foi atrás, provavelmente a ovelha não estava tão decidida quanto à sua conduta, estava debilitada e desnorteada.
No segundo exemplo vemos como aquela casa estava escura, precisava de luz. Fazendo o paralelismo com a igreja, quantas vezes nos abstemos de levar luz. Ignoramos as situações e não acendemos a luz na vida das pessoas. Muitas pessoas sofrem muitas influências negativas de más companhias, precisam que aqueles que têm luz possam marcar a diferença nas suas vidas.
O terceiro exemplo fala-nos de alguém que tomou uma decisão, uma má decisão, mas uma decisão deliberada que o pai não pode impedir. Neste caso ninguém o procurou, isso não significa que não existia preocupação, todos os dias o pai levantava os olhos sobre o horizonte, esperando o seu filho, contudo não foi à sua procura.
Existem situações em que só o extremo das consequências leva a pessoa a mudar de rumo. Tomar decisões por ela, ou andar com ela ao “colo”, não a fará crescer nem mudar a sua essência.
Hoje não falo daqueles que estão perdidos na casa, mas claro também acontece e deve merecer a devida atenção.
Que Deus dê sabedoria para tratar com amor e graça cada situação
Abraço com a bênção de Deus!