29.3.19

Tem a certeza que quer abrir uma igreja?



Há alguns anos atrás, era eu pastor no Cartaxo, fui abordado por um individuo que assistiu a um dos nossos cultos.
Dizia ele: Pastor sou novo aqui, quero dizer-lhe que pretendo abrir uma igreja aqui no Cartaxo
Eu olhei para ele e perguntei: Tem a certeza que quer abrir uma igreja no Cartaxo?
Naquele tempo existiam muitas igrejas evangélicas no Cartaxo, hoje já não sei quantas existem.
Eu disse ao irmão: Nós estamos neste templo à pouco tempo, já reparei que o irmão tem a mesma base doutrinária que nós, porque não estamos juntos?
Ele respondeu: não eu acho importante abrir, quantas mais melhor!
Nunca mais me esqueci desta história, até porque o irmão abriu mesmo um trabalho e fechou passado pouco tempo.
Situações como estas repetem-se e por vezes com mau testemunho, não estou a defender que não se deve abrir trabalhos, mas devem ser ponderados, com oração, verificando também os contextos das localidades e até as respostas que já estão a ser dadas.
Este é um exemplo que muitas vezes se estivermos unidos aumentamos o nosso potencial, se fizemos tudo individualmente corremos o risco de duplicarmos recursos, criando muitas vezes até divisões desnecessárias.
O mesmo acontece com outras áreas como a área social. Veja que hoje existe uma preocupação em não duplicar recursos. Veja cada entidade aberta gera despesas. Têm que ter um contabilista, uma estrutura, uma direção e outras despesas inerentes à atividade.
No passado sábado alguém dizia no “Fórum Evangélico”: Não abram mais IPSS se precisarem de fazer um trabalho social, nós damos o nosso contribuinte sem problema. Concordei em absoluto com o irmão. Se somos todos evangélicos se somos honestos nos nossos propósitos, se estamos geograficamente perto, porque não estarmos juntos?
Valorizamos demasiadamente as estruturas, os distintivos, as denominações. Dá se a desculpa da visão (é diferente e tal…), mas no fim o que muitos querem é ser uma coisa tipo ser “chefes”.


Relações Familiares no Governo



Para mim, é um assunto que está a merecer mais importância do que na realidade têm, desviando a atenção dos reais problemas do país.
Embora reconheça que as relações familiares possam trazer constrangimentos, elas podem ser sérias e demonstrar um espírito de união e foco para atingir objetivos em equipa.
Na sociedade não deve ser concedido favorecimento a um cidadão em relação a outro, mas também não devemos limitar a atividade de um cidadão só porque tem relações familiares.
Havendo critérios transparentes e várias pessoas envolvidas não julgo que seja um problema.
Sem ter ideias pré-concebidas,  acho que devemos dar o benefício da dúvida aos membros do governo e deve existir avaliação do seu desempenho.
Não tenho dúvidas que há uma hipocrisia muito grande em relação a esta matéria. O presidente Marcelo falou disso em relação aos governos anteriores.
Seria até interessante que a comunicação social e outros opinantes, investigassem qual os constrangimentos dos laços familiares em relação ao "amiguismo", "compadrio", "clientelismo", etc.
Os intrujões unem-se sem ser do mesmo sangue…
A corrupção é enorme em todos os sectores. Todos os dias recebemos notícias de grupos que se juntam para traficar droga, lesar o estado com esquemas sobre os impostos, cunhas para amigos, etc.
Embora uma estatística indicasse que 90 % dos portugueses estão contra o governo nesta matéria eu prefiro dar o benefício da dúvida antes de fazer pré julgamentos.