6.3.09

Homofóbico! Eu?

Vivemos dias focados na crise financeira, empresas fecham, levando milhares de pessoas para o desemprego. Mas isto não é obviamente novidade para ninguém, pois os media encarregam-se de divulgar estas fatalidades.
Novidade é o facto de se ter iniciado na sociedade portuguesa um debate sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que na minha opinião tende a desviar a atenção dos portugueses da crise financeira, mas tende também a manipular perversamente aquele que é o pensamento cristão da maioria dos portugueses.
Quero ser o máximo objectivo possível e isso para mim não é difícil, porque me baseio em verdades absolutas. Nunca conseguiria escrever sobre este tema se não estivesse convicto que existem verdades absolutas que são o padrão correcto e absoluto para a vivencia em sociedade da espécie humana.
Começo por dizer que dificilmente conseguirei consenso com alguém que não aceite as Sagradas Escrituras como regra de Fé e conduta para o ser humano.
Já sei que para alguns entrei com demasiada impetuosidade… mas não me importo, aquilo que quero e pretendo é dizer a verdade.
E a verdade é que o casamento tem uma identidade única, inconfundível e incomparável, sem misturas nem confusões com outras formas de convivência e está configurado para ser entre pessoas de sexos opostos. Esta fórmula não foi inventada pelos estados dos países, os estados apenas consumaram, consagraram e confirmaram aquilo que já havia sido institucionalizado por Deus.
Esta agregação feita pelo estado é aceitável, porque revela que a Bíblia traduz bons princípios para a nossa sociedade, no entanto, pode trazer consequências perversas ao casamento, visto ser o estado governado por algumas pessoas que parecem não ter a Bíblia como verdade absoluta.
Ouvi recentemente um ex-dirigente político a opinar sobre o casamento e a dizer declaradamente que tinha que haver separação entre a igreja e o estado e por outras palavras declarou que só assim se poderia de forma pacífica conceder os mesmos direitos ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Isto é inaceitável o casamento está moralmente, espiritualmente, institucionalmente patenteado por Deus.
- Há mas eu não acredito em Deus! Podem dizer alguns, mas se de facto não acreditam não descriminem aqueles que acreditam…
- Há mas não há nada na lei portuguesa que me obrigue a seguir a Bíblia! É um facto. Também não à nada na lei portuguesa que o obrigue a casar, também não à nada na lei que o obrigue a seguir uma religião.
Pessoalmente acho inacreditável que alguém que não comunga dos valores cristãos se queira fazer valer deles para se sentir mais realizado, isto é de uma incoerência inacreditável.
O que se quer fazer pensar hoje, é que a Bíblia (o livro sobre o qual Barack Obama prestou juramento), é um livro banal, mas não é! A Bíblia é o manual do homem. Assim como as marcas lançam manuais para os equipamentos que criam, Deus também nos deixou o seu manual e nos revelou exactamente como devemos ser.
Não tenho qualquer problema que exista separação entre estado e igreja mas defendo que o estado deveria preocupar-se em salvaguardar os termos bíblicos.
Na verdade o estado permite que possamos patentear tudo, obras de arte, discos, marcas, desenhos, etc. Não seria imprescindível encontrar um estatuto jurídico que preservasse o conceito de casamento oriundo do livro mais lido do mundo?
O estado permite até excepções cruéis à lei como é o caso dos touros de morte em Barrancos, o estado permite a interrupção voluntária da gravidez, não seria positivo defender os termos do livro que tanto bem tem feito à sociedade?
É obvio que sim, mas contrariamente a isso, procura-se destruir a Bíblia e rotular os seus seguidores de retrógrados e agora recentemente chamam-nos homofóbicos.
O termo homofobia foi criado pelo psicólogo George Weinberg, em 1971 e foi por ele definido como um sentimento de medo irracional e um complexo emocional profundo. Como o próprio termo indica trata-se de uma fobia e uma fobia traduz-se por um sentimento exagerado de medo.
Este termo é ainda definido no dicionário da língua portuguesa Michaelis como “ódio aos homossexuais, levando muitas vezes à violência física”.
Sejamos intelectualmente honestos, quantas pessoas conhecemos que odeiam os homossexuais, ao ponto de os espancar ou matá-los, só pelo facto de serem homossexuais?
Eu não me dou com esse tipo de gente, por isso nem sequer conheço nenhuma, por isso não sou nem conheço ninguém que seja homofóbico.
É obvio que agora se assiste a um ampliar do sentido original da palavra homofobia e vindo de quem vem não é de estranhar.
Infelizmente aqueles que estão a favor do casamento homossexual, usam todas as armas, deturpando a Bíblia, deturpando a Constituição e deturpando os termos originais para conseguirem os seus intentos.
Eu pessoalmente não tenho medo e não vou ficar numa posição do politicamente correcto só para não ser chamado de preconceituoso.
Nunca ofendi nenhum homossexual, respeito o livre arbítrio de todos, aprecio a pessoa humana que é uma criatura de Deus, mas não me obriguem a concordar com o casamento homossexual.
Se há um direito que me assiste pela constituição portuguesa enquanto cidadão é o direito de consciência moral, religiosa e política.
Eu tenho o direito de discordar de religiões de políticas e de práticas culturais!
Mas não tenho o direito de ofender nem ofuscar a sua ideologia!
O leitor também tem o direito de discordar de mim!
Mas não tem o direito de me ofender e ofuscar a minha ideologia!
Lamento que engenhosamente se forme uma nova forma de inquisição que se pauta por descriminar as opiniões. Isto está ser encabeçado por altas figuras públicas, que pela visibilidade acabam por manipular e desviar as pessoas da verdade.
Concluo deixando um apelo a todos os pastores, a todos os cristãos para que não tenham medo e para que todos possamos dar as mãos e mostrar que somos um povo de convicções fortes e que nada nem ninguém pode impedir a verdade de ser anunciada.
Porque nada podemos contra a verdade, porém, a favor da verdade.
II Carta do Apostolo Paulo aos Coríntios 13:8