Há alguns anos atrás, era eu pastor no Cartaxo, fui abordado
por um individuo que assistiu a um dos nossos cultos.
Dizia ele: Pastor sou
novo aqui, quero dizer-lhe que pretendo abrir uma igreja aqui no Cartaxo
Eu olhei para ele e perguntei: Tem a certeza que quer abrir uma igreja no Cartaxo?
Naquele tempo existiam muitas igrejas evangélicas no
Cartaxo, hoje já não sei quantas existem.
Eu disse ao irmão: Nós estamos neste templo à pouco tempo, já
reparei que o irmão tem a mesma base doutrinária que nós, porque não estamos
juntos?
Ele respondeu: não eu acho
importante abrir, quantas mais melhor!
Nunca mais me esqueci desta história, até porque o irmão
abriu mesmo um trabalho e fechou passado pouco tempo.
Situações como estas repetem-se e por vezes com mau testemunho,
não estou a defender que não se deve abrir trabalhos, mas devem ser ponderados,
com oração, verificando também os contextos das localidades e até as respostas
que já estão a ser dadas.
Este é um exemplo que muitas vezes se estivermos unidos
aumentamos o nosso potencial, se fizemos tudo individualmente corremos o risco
de duplicarmos recursos, criando muitas vezes até divisões desnecessárias.
O mesmo acontece com outras áreas como a área social. Veja
que hoje existe uma preocupação em não duplicar recursos. Veja cada entidade
aberta gera despesas. Têm que ter um contabilista, uma estrutura, uma direção e outras despesas inerentes à
atividade.
No passado sábado alguém dizia no “Fórum Evangélico”: Não
abram mais IPSS se precisarem de fazer um trabalho social, nós damos o nosso
contribuinte sem problema. Concordei em absoluto com o irmão. Se somos todos evangélicos
se somos honestos nos nossos propósitos, se estamos geograficamente perto, porque
não estarmos juntos?
Valorizamos demasiadamente as estruturas, os distintivos, as denominações. Dá
se a desculpa da visão (é diferente e tal…), mas no fim o que muitos querem é
ser uma coisa tipo ser “chefes”.